Solenidade acontece na próxima segunda, 22, no plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe
Pernambucano de nascimento, o professor de literatura Wagner Lemos dedicou sua carreira acadêmica aos autores e ao ensino de sergipanos. Justamente por toda sua contribuição à pesquisa e à docência na área da literatura, que a propositura do deputado Ailton Martins foi aprovada por unanimidade e a sessão especial de entrega do título de cidadão sergipano acontece na segunda, 22, às 16h, no plenário da Alese.
Estudioso de grandes nomes da literatura sergipana como Tobias Barreto, Silvio Romero e Amando Fontes, o professor Wagner Lemos destaca a emoção de ser homenageado na terra em que vive desde 1992. “Nasci em Recife em 1978 e minha família materna é sergipana. Aqui construí minha carreira acadêmica transitando entre a pesquisa e a sala de aula. Doutorei-me pela Universidade de São Paulo (USP) mergulhando na obra de Sílvio Romero e receber este título me honra assim como eu honro e admiro os intelectuais que esta terra gerou”, disse.
Wagner Lemos se dedica autores sergipanos desde a graduação em Letras com pesquisa sobre Tobias Barreto, especializações sobre Amando Fontes e sobre o primeiro jornal de Sergipe, o Recopilador Sergipano. No mestrado em Letras, na Universidade Federal de Sergipe (UFS), defendeu dissertação sobre a obra “História da Literatura Brasileira”, de Sílvio Romero. Já no doutorado em Literatura Brasileira, na Universidade de São Paulo (USP), desenvolveu a tese “Literatura, Ensino e Legitimação: Sílvio Romero e José Veríssimo em combate”. Por sua vez, o pós-doutorado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), também está voltado a tema ligado a Sergipe acerca de textos inéditos de Romero.
Wagner Lemos atuou em diversos segmentos da educação em escolas das redes pública e privada, com destaque para ensino médio e preparatórios ENEM, além de pós-graduação de faculdades, contribuindo para a formação de vários sergipanos. Atuou como professor do ensino básico técnico e tecnológico, no Instituto Federal de Pernambuco e Instituto Federal de Sergipe. Migrou, contudo, para o magistério superior, e hoje integra o corpo docente do Departamento de Letras da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), regendo a cadeira de Literatura.
Pertence à Rede Europeia de Brasilianistas em Análise Cultural (REBRAC) e ao Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGSE). Nessa última instituição, atua em prol da educação sergipana em distintas esferas: é um dos editores do suplemento cultural “Mandacaru” e membro do conselho editorial de Revista do IHGSE.
Sua produção bibliográfica se compõe das obras “Antologia Escolar da Literatura Brasileira: prosa & poesia” (2008) com apresentação do escritor Moacyr Scliar; “Sergipe entre Literatura & História” (2021), obra vencedora de edital da Secretaria de Estado da Educação e Cultura para distribuição nas escolas e bibliotecas públicas; “Tempo de Mangaba”, obra de crônicas reunidas contemplada pela Lei Aldir Blanc. Escreve cordel e seu livreto de maior destaque é “Redação para o ENEM – cordel didático”, sob o selo da Editora Engenho da Palavra. Tem no prelo “A menina que colhia estrelas”, livro infantil para a Companhia Editora de Pernambuco e tem em preparação editorial “De Sílvio Romero para sua gente”; “Sílvio Romero e José Veríssimo em combate” e nova obra de crônicas.